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Sentença: Capítulo 03

                                                                                      Fonte foto: Google

   Já era noite, a escuridão acentuava a luz do letreiro luminoso que piscava em letras garrafais neon a palavra Amourex, que revelava discretamente o que se escondia atrás daquelas paredes.


   Ela era a mais solicitada da casa, seu nome era sinônimo de prazer garantido e alguns reais a menos no bolso; Úrsula, era assim que gostava de ser chamada. Sua pele branca concorria em maciez com um lírio recém aflorado, seus cabelos cobre, sobreunha cachos longos reluzentes , houve relatos de quem sucumbiu a loucura, na tentativa falha de contar cada sarda cor de ferrugem em seu rosto, iluminado por um par de contas azuis, que piscavam com gracejo, em contraste com o escarlate da sua boca.
   Embora fosse a mais requisitada, austeridade era a sua principal marca, sempre muito discreta revelava apenas o que lhe convinha. A música no salão principal preenchia todo o andar superior, onde ficavam os quartos, Úrsula nunca descia, para que sua beleza fosse apreciada um preço deveria ser pago, por isso seus aposentos funcionava como um casulo. Entre as moças da casa corriam boatos que o coração da jovem tinha sido estraçalhado por um homem que amou muito, por esse motivo não dedicaria sua vida, seu amor a nenhum outro.
   Todos bebiam e dançavam animados ao som daquela música indefinida, uma mistura de Jazz instrumental e riso de clientes. Entraram três rapazes, jovens, bem vestidos ternos devidamente alinhados, conversando aleatoriamente e acenando para uma garota que exibia lindas pernas sentadas a cauda de um piano negro, um dos rapazes não apresentava tanta felicidade, esboçava a expressão de estar ali contra a sua vontade.

- Vamos cara, essa é por nossa conta, vê se levanta essa moral - Assim que o garçom colocou sobre a mesa três copos de Wisky, prática essa que se repetiu várias e várias vezes ao longo da noite.
- Qual é? vamos! ânimo, ânimo! - Acrescentou Mauro com entusiasmo, levantando o amigo debruçado sobre a mesa.
- Já sei o que vai te colocar pra cima, falou Luciano entre um riso libidinoso, dando uma piscadela no final para Mauro.
- Não, você não está pensando a mesma coisa que eu, não pode ser. - Falou Mauro para Luciano. - Pode deixar tudo por minha conta - Disse o outro, que saiu apressado esfregando as mãos, voltando minutos depois com uma senhora bem vestida de perfume adocicado, com uma quantidade exagerada de maquiagem no rosto, tentativa falha de esconder as rugas.
- Venha meu rapaz, me acompanhe- Disse a dona da voz falha, puxando-o pelo braço. Ele levantou com um pouco de esforço, perdera a conta de quantos copos havia passado entre seus lábios aquela noite, amparado pelos outros dois, pôs-se de pé e acompanhou a senhora, meio preocupado com a situação, subindo as escadas, olhou para trás e pode ver os amigos sorrindo e fazendo um sinal de positivo. - Vai lá amigão, aproveita o presente!
   O corredor estava mal iluminado, um casal passou por eles apressados, entrou em um quarto e batendo a porta abafou risadinhas ordinárias. Lá estavam eles, parados em frente a uma porta de carvalho doce, ele não entendia muito bem o que estava fazendo ali com uma senhora que tinha idade para ser sua mãe, até que ouvi batidas na porta e a mesma sendo aberta em seguida pela autora das batidas. - Desejo-lhe uma noite adorável meu jovem. - Estendeu a mão para que entrasse, logo se retirou deixando-o sozinho frente a fenda de uma porta semi-aberta. Entrou, respirou aliviado abaixando a cabeça, fechando a porta com o peso do seu corpo, o recinto em penumbra revelava uma silhueta delgada, sentada de costas aos pés da cama, tossiu desestrado para garantir a sua presença ao local.

- É... eu...eu...
- Não precisa falar nada se não quiser, até prefiro que seja assim.

  Ele sentiu seu peito estremecer, não sabia explicar a razão, não sentia o mesmo a aproximadamente 5 anos, desde que tomou uma decisão, que ingênuo não sabia que arruinaria sua vida. Balançou a cabeça e piscou rapidamente como se fosse a melhor forma de desanuviar os pensamentos que lhe invadiam involuntariamente.
   No escuro do quarto, não enxergava muita coisa, não sabia definir se por efeito do álcool ou pela pouca iluminação, sem jeito retirou o paletó e repousou as costas de uma cadeira de acento aveludado, aparentemente num tom verde escuro, livrou-se das roupas ele mesmo, encarando aquela silhueta despida, que jurava lhe parecer familiar, nú, caminhou em sua direção e a viu levantar-se com delicadeza e enlaçar o seu pescoço com os braços, Úrsula sentiu suas pernas falharem, mas logo foi amparada em reflexo por aquele jovem viril, que já apresentava sinais da sua virilidade bastante aparente. Não era segredo para ela o seu papel ali, sendo assim, aproveitou o desequilíbrio de suas pernas e abaixou sorrateiramente até rechear sua boca com aquele membro que pulsava a cada investida, entre um fôlego e outro, Úrsula deslizava a ponta da língua pela cabecinha, apreciando o sabor daquele homem, sugando toda a sua força, deixando-no  fraco de tesão, o calor da boca de Úrsula provocava nele uma sensação enlouquecedora, gemia baixinho e ajudava suas investidas com movimentos suaves dos quadris, não conseguiu segurar e explodiu de prazer me sua boca, semi aberta, deixando visível apenas parte dos dentes frontais, entregando-se a excitação ele segurou o seu queixo e a trouxe de volta, ficando ambos eretos, ele beijou sua boca num êxtase de paixão provando o seu próprio sabor, não queria acreditar muito no que estava acontecendo, na pausa do beijo, encostou testa a testa e dançou seu nariz ao dela, segurou com firmeza suas ancas e a levantou de súbito, se encaixando inteiramente dentro dela que gemeu com fervor ao senti-lo entrar, em estocadas cadenciadas, Úrsula erguia seu corpo para trás deixando o caminho livre para que ele pudesse se deliciar com o seu corpo, assim o fez, abocanhou o mamilo do seu  seio dando leves puxadas, revezando por hora, até sentir que ela levantava seu dorso e abraçando-o com força agarrou suas costas deixando nela marcas de suas unhas, atingindo assim o máximo de prazer.
   Com calma foi colocada na cama, viu que na mesinha ao seu alcance, tinha um balde de gelo com champagne, pegou uma pedra de gelo e com ela na boca percorreu o corpo de Úrsula delicadamente, passeou com ela entre os seus seios depositando no arco de seu umbigo, abriu suas pernas de forma abrupta e saboreou o seu mel, com sede, enquanto ela serpenteava de prazer, sentindo o frescor da sua língua lhe invadir, em instantes ele conseguiu levá-la a um lugar onde nenhum outro homem tinha levado antes; ele estava feliz, deitou ao lado, ela levantou, colocou um roupão vermelho, caminhou até a porta e só então falou:

- O seu tempo acabou Raphael! - Com o arrependimento estampado no rosto, recolheu toda a sua roupa e suplicou. - Volta pra mim Liz!
Ficaram ali os dois, se encarando, mudos, até que ele sentiu o vento da porta bater em seu rosto.


Nota do autor: Gente, como o primeiro texto foi escrito por brincadeira e ao ouvir os comentários de alguns de vocês e alguns questionamentos sobre o comportamento das personagens eu me senti na obrigação de esclarecer algumas coisas, por conta disso os textos não foram postados em ordem cronológica dos acontecimentos, então resolvi numerá-los para que vocês possam acompanhar e entender melhor a história, por que eu não tinha a mínima ideia de que ele iria render tanto assim, obrigada pela visita, espero ter apreciado a leitura, deixe o seu comentário! xoxo até breve!

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